Sexta-feira passada, aproveitei a visita de duas amigas em Belo Horizonte e fizemos uma turnê pela cidades atrás de exposições. Para quem reclama da falta de opções em BH, comunico que estamos como uma ótima seleção de mostras.
Começamos com a Casa Fiat de Cultura que fica na Rua Jornalista Djalma de Andrade, 1250 ,Belvedere. Nesse local vimos duas exposições: RODIN: DO ATELIÊ AO MUSEU – FOTOGRAFIAS E ESCULTURAS e O MUNDO MÁGICO DE MARC CHAGALL O SONHO E A VIDA. Na exposição das esculturas do Rodin, diversas fotografias sobre o trabalho do artista documentadas tanto por renomados fotógrafos da época quanto por amadores. O escultor abriu as portas do ateliê para fotógrafos locais, amadores, editoras especializadas em retratos e fotógrafos artistas, que produziram diferentes interpretações de sua obra. É essa diversidade de pontos-de-vista, buscada e encorajada por Rodin, que estão à amostra na Casa Fiat, a partir da seleção de algumas das 7 mil imagens colecionadas em vida pelo escultor. Os bronzes e o mármore apresentados nesta exposição ressaltam a riqueza do diálogo entre escultura e fotografia. Já Marc Chagall foi um dos pioneiros da modernidade e um dos artistas mais notáveis de seu tempo, tendo participado das grandes transformações que ocorreram nas artes plásticas no início do século 20. Chancelada a integrar o Ano da França no Brasil pelos comissariados francês e brasileiro, a exposição de Marc Chagall reúne 323 trabalhos do artista. Encontramos diversos trabalhos da juventude e da maturidade do artista, além de obras de artistas brasileiros influenciados pelo pintor.
Depois fomos ao Museu Inimá de Paula, onde se encontra uma exposição do artista plástico e fotógrafo Vik Muniz. Ficamos impressionadas com a beleza do museu, com a montagem da exposição e com o trabalho do artista. Conhecido por conceber obras feitas com os mais diversos materiais, como geléia, chocolate, lixo e poeira, é o curador da própria exposição. Vik Muniz homenagea grandes artistas em suas obras, tais como Leonardo da Vinci, no quadro Mona Lisa, Andy Warhol, Pollock , Caravaggio, Goya, Botticelli e Monet. A exposição fica em cartaz até o dia 2 de novembro e com certeza agrada o público de qualquer idade. Abaixo algumas fotos que tirei durante a nossa visita:
Em seguida fomos ao Instituto Moreira Salles onde está a exposição do fotógrafo Alécio de Andrade (1938-2003). A exposição com 102 imagens realizadas como trabalho particular ou sob encomenda para veículos como Manchete, Elle, Newsweek e a Agência Magnum, da qual Alécio foi membro associado entre 1970 e 1976. Também integram a mostra itens como um poema de Carlos Drummond de Andrade, um depoimento do pianista Alfred Brendel, cartões postais de Henri Cartier-Bresson e uma carta de Julio Cortázar, todos endereçados ou dedicados ao fotógrafo. A principio a exposição ficaria até o dia 31 de agosto, mas devido a um movimento que acontece em Belo Horizonte em protesto ao encerramento das atividades do Instituto Moreira Salles na cidade, anunciou-se que a exposição prorrogaria até o dia de hoje. Durante nossa visita o funcionário que gentilmente nos recebeu, informou-se que devido ao grande número de pessoas que participaram do abaixo-assinado decidiram prorrogar mais uma vez até o final de setembro. Será que ainda temos esperanças de impedir o fechamento do IMS-BH? Participem do manifesto, cliquem aqui.
Encerramos nossa turnê no Palácio das Artes onde vimos 3 diferentes exposições de fotografias:
Galeria Alberto da Veiga Guignard – Exposição Guerra dos Emboabas – 300 anos depois | 15 de agosto a 20 de setembro
Reúne visões atuais da Guerra dos Emboabas com fotos, ilustrações, reprodução de material iconográfico e publicação de cadernos educativos para serem distribuídos a alunos de escolas. O evento tem o patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Eletrobrás. É uma pesquisa histórica sobre a guerra que deu origem ao estado de Minas Gerais. Com fotos de Pedro David, veja mais sobre o trabalho visitando o blog do fotógrafo.
Galeria Genesco Murta – Exposição 100 X França | 07 de agosto a 07 de setembro
Com curadoria de Sophie Schmit (historiadora de arte, jornalista e curadora independente), a mostra leva aos visitantes um pouco da história da fotografia francesa, desde sua origem (1839) até os dias atuais. A exposição também faz uma homenagem a uma das primeiras repórteres fotográficas, a francesa Janine Niépce (1921-2007). As 100 imagens escolhidas integram o acervo de três das mais ricas coleções públicas de fotografias existentes no mundo: da Biblioteca Nacional da França, do Museu d’Orsay e do Centro Pompidou, em Paris. Cada uma das imagens é apresentada com um texto que conta a respectiva história da fotografia e do seu autor, da França, dos franceses e de Paris. Participam também o Ministério da Cultura, a Escola Nacional de Belas Artes de Paris, a Fundação Jacques Henri Lartigue, o Estate Brassaï, colecionadores particulares, fotógrafos, artistas ou os seus detentores de direitos autorais. A exposição 100 X França coloca lado a lado obras de gênios como Nicéphore Niépce, Louis-Adolphe Humbert de Molard, Gustave Le Gray, Charles Nègre, Eugène Cuvelier, os irmãos Bisson, Félix Nadar e Eugène Atget. Dos fotógrafos menos conhecidos, há produções de Édouard Baldus, Charles Marville, Auguste Collard e também cópias de amadores anônimos ou célebres como Jacques Henri Lartigue ou o conde Robert de Montesquiou.
Espaço Mari’Stella Tristão – Exposição Paisagens neuronais | 21 de julho a 1º de setembro
Paisagens neuronais, com 70 imagens sobre a evolução do pensamento científico acerca do sistema nervoso humano. As obras são uma coletânea de mais de um século de pesquisas em neurociência ao redor do mundo, em uma apresentação que concilia o conhecimento científico com arte. A exposição chegou a Belo Horizonte depois de passar pela Europa e pelos Estados Unidos. As 70 obras da exposição demonstram a complexidade, mas também a beleza das microestruturas que compõem o sistema nervoso humano. As imagens acompanham textos criados por escritores, pintores e filósofos que ilustram a proximidade entre a ciência e a arte.
Com curadoria de Sophie Schmit (historiadora de arte, jornalista e curadora independente), a mostra leva aos visitantes um pouco da história da fotografia francesa, desde sua origem (1839) até os dias atuais. A exposição também faz uma homenagem a uma das primeiras repórteres fotográficas, a francesa Janine Niépce (1921-2007). As 100 imagens escolhidas integram o acervo de três das mais ricas coleções públicas de fotografias existentes no mundo: da Biblioteca Nacional da França, do Museu d’Orsay e do Centro Pompidou, em Paris. Cada uma das imagens é apresentada com um texto que conta a respectiva história da fotografia e do seu autor, da França, dos franceses e de Paris. Participam também o Ministério da Cultura, a Escola Nacional de Belas Artes de Paris, a Fundação Jacques Henri Lartigue, o Estate Brassaï, colecionadores particulares, fotógrafos, artistas ou os seus detentores de direitos autorais. A exposição 100 X França coloca lado a lado obras de gênios como Nicéphore Niépce, Louis-Adolphe Humbert de Molard, Gustave Le Gray, Charles Nègre, Eugène Cuvelier, os irmãos Bisson, Félix Nadar e Eugène Atget. Dos fotógrafos menos conhecidos, há produções de Édouard Baldus, Charles Marville, Auguste Collard e também cópias de amadores anônimos ou célebres como Jacques Henri Lartigue ou o conde Robert de Montesquiou.